quarta-feira, 30 de abril de 2014

O BICHO


Em uma aula de Português da Professora Gersoni, visualizei a poesia - O BICHO de Manoel Bandeira. Como estou trabalhando O subdesenvolvimento e as desigualdades sociais achei pertinente o tema e inclui a poesia em minha aula. Afinal as desigualdades sociais provocam, fenômenos e os instintos mais selvagens nos indivíduos, trazendo grandes malefícios a sociedade. Esse quadro ocorre a nossa frente todos os dias (nas feiras, lixões, áreas de dispensa de resíduos de mercadões etc, mas tornou-se tão banal para a maioria de nós, que acabamos por encarar como natural nossos semelhantes em comportamento animalesco.
A fome global, energética ou calórica (sensação fisiológicas sentida pelo corpo de ingerir alimentos) é um tipo de comportamento que, como consequência, causa dano a uma pessoa ou grupo de pessoas, e viola seus direitos e a integridade física ou psicológica do indivíduo ou de uma população.
Pessoas sem acesso a uma boa educação, até mesmo por parte dos pais, e que sofrem omissão do estado, não tendo condições básicas de subsistência, acabam por não obterem recursos para se auto-sustentarem, ou seja, de manter suas funções através da alimentação necessárias para a manutenção da vida, não é regra geral, mas grande parte de pessoas nessa situação sentem dificuldade de uma qualidade de vida adequada.
Como resultado, observam-se, nas sociedades com grandes desigualdade sociais, altos índices de subnutrição nos indivíduos em geral e alto índice de mortalidade.
Na maioria dos casos o fenômeno da fome drástica é causado naquelas regiões ou países, onde há os conflitos internos entre facções e tribos rivais, as guerras que acabam por destruir o sistema produtivo, as questões físicas - climas, inundações, terremotos, furacões etc, a fragilidade dos governos e a pobreza em geral. Dessa forma acabamos por presenciar e nos comovermos com realidades como a visualizada acima, que é mais comum do que imaginamos. Para ratificarmos a existência desse fenômeno, não precisamos irmos muito longe, basta fazermos uma visita às periferias mais pobres de nosso país e/ou de nossa cidade. No nordeste brasileiro, por exemplo, centenas de pessoas são expulsas de suas terras ou morrem pela falta de alimentos devido as condições inóspitas da região.
A fome é causada, também, pela má distribuição e pelo desperdício de alimentos. O mundo é capaz de produzir alimentos a um número superior à capacidade de consumo dos seres humanos. Porém, calcula-se que 815 milhões de pessoas, em todo o mundo sejam vítimas crônicas ou de grave subnutrição, a maior parte das quais são mulheres e crianças dos países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento, principalmente no continente africano.
A subnutrição crônica, na maioria dos casos, leva a um grande número de morte e também a mutilação grave de milhares de pessoas, devido a falta de sub-nutrientes e vitaminas necessárias a formação saudável dos fetos. Constantemente nascem, nesses países que passam pelo fenômeno da fome, milhares de bebês com graves deficiências.
A solução para acabar com a fome global seria uma divisão e distribuição mais equilibradas da renda e de alimentos. Existem muitos projetos e sugestões para aumentar o sistema produtivo de alimentos, principalmente nas regiões mais pobres e acometidas por guerras e aspectos físicos, cuja tecnologia para isso, é muito cara. Portanto, a fome é um fenômeno de perdurará por muito tempo no mundo.

Prof. Walter Zenio

ATIVIDADE - O BICHO




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FAÇA UM BREVE COMENTÁRIO A RESPEITO DA PAISAGEM ACIMA.
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ENTREGAR EM 07/05/2014.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

OS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS E OS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO

Considera-se que os países menos desenvolvidos em geral abrangem cerca de três quartos da população planetária e constituem a maioria dos Estados-Nações do mundo atual. Todavia, existem várias expressões que são usadas, às vezes indistintamente, para se referir aos Estados mais pobres do globo: subdesenvolvimento, países em desenvolvimento, Terceiro Mundo, periferias, países do Sul etc.
O termo subdesenvolvimento surgiu após a Segunda Guerra Mundial, principalmente nos documentos dos organismos internacionais, como a ONU(Organização das Nações Unidas, e a UNESCO(Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura e depois foi usado com frequência pela imprensa.
No pós-guerra houve uma espécie de “descoberta” do subdesenvolvimento em virtude da descolonização e da publicação pelos organismos internacionais de dados estatísticos dos diversos países, que dizem respeito a renda per capita e distribuição social da renda, índice de mortalidade e expectativa de vida, taxas de analfabetismo e de subnutrição, formas de moradia e de acesso a água tratada, etc. Esses dados, publicados todos os anos, mostraram que existe uma grande diferença, alguns chegam até a falar em abismo, entre o conjunto dos países ricos e dos países pobres ou subdesenvolvidos. Enquanto numa minoria de Estados há excesso de consumo de alimentos, por exemplo, em um grande número de nações há carência de consumo em geral e até mesmo de alimentos básicos. Portanto, de forma simples podemos afirmar que dois elementos são fundamentais para a definição do subdesenvolvimento: a dependência econômica-tecnológica e as grandes desigualdade sociais.
A dependência dos países subdesenvolvidos em relação aos desenvolvidos significa que: os países subdesenvolvidos, em geral, estão endividados, vivem em regime de dividas externas; exportam (vendem ao exterior) produtos primários ou produtos industrializados com baixa tecnologia e importam (compram do exterior) produtos industrializados com elevada tecnologia; grande parte das principais empresas localizadas nesses países são filiais de empresas estrangeiras que remetem para suas matrizes boa parcela dos seus lucros. Isso provoca nos países subdesenvolvidos forte descapitalização (saída de capital).
As grandes desigualdades sociais constituem o outro importante traço característico dos países do Sul, onde os contrastes entre a camada rica e a camada pobre da população são bem mais intensos.
A expressão países em desenvolvimento surgiu e se expandiu nas décadas de 1960 e 1970 e, na verdade, é mais um eufemismo. Embora ainda usada vez ou outra, essa expressão não alcançou grande popularidade, pois sugere que os países subdesenvolvidos ou do Sul estão se aproximando do Primeiro Mundo, estão se tornando desenvolvidos, o que não é verdade para a grande maioria desses países. Talvez isso tenha servido para alguns casos específicos, como Cingapura ou a Coréia do Sul, entre outros, que nas últimas décadas aumentaram bastante a sua produção e a qualidade de vida de suas populações e que hoje sem nenhuma dúvida podem ser considerados economias desenvolvidas. Mas , para inúmeros outros países – Uganda, Nicarágua, Etiópia, Tanzânia, Bangladesh, Ruanda, Quênia, etc. –, onde o nível de pobreza aumentou nas últimas décadas, essa expressão é completamente inadequada


Terceiro Mundo

A expressão Terceiro Mundo, por sua vez, apesar de ser geralmente usada como sinônimo do conjunto de países subdesenvolvidos, surgiu apenas em 1952, quando o estudioso Francês Alfred Sauvy a forjou com base numa comparação entre os países pobres e o terceiro estado da França nas vésperas da Revolução Francesa de 1789. O terceiro estado Francês era constituído pela burguesia, que antes da revolução não participava do poder político, e pelo povo em geral – camponeses, operários e demais trabalhadores urbanos. Tal termo era utilizado para contrapor esses setores populacionais aos outros dois estados, a nobreza e o clero, que dispunham de enormes privilégios na sociedade francesa da época.
A noção de Terceiro Mundo, portanto, surgiu para enfatizar a pobreza desses países, que abrangem a maior parte da humanidade, em contraposição à melhor qualidade de vida e até a alguns privilégios que existiriam nos outros dois mundo. O Primeiro Mundo seria composto pelos países capitalistas desenvolvidos; o Segundo Mundo, pelos países então considerados socialistas.
Apesar da crise, que acabou com o Segundo Mundo, a expressão Terceiro Mundo permanece até hoje, usada com uma certa frequência em livros, jornais e revistas (inclusive cientificas). Passou a designar apenas o conjunto de países pobres ou subdesenvolvidos, incluindo aqui boa parte das nações do antigo Segundo. Terceiro Mundo e subdesenvolvimento, portanto, passaram a ser utilizado como sinônimos.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - A NOVA ORDEM MUNDIAL

1. DIGA O MOTIVO PELO QUAL SURGIU O SOCIALISMO?
RESP.: O socialismo surgiu no século XX e o primeiro país a adotá-lo foi a Rússia em 1917, o sistema foi implantado como uma nova opção e tentativa de abolir o capitalismo e a economia de mercado e através disso construindo uma sociedade mais igualitária.


2. CITE ALGUNS PAÍSES QUE FIZERAM PARTE DO ANTIGO SEGUNDO MUNDO.
RESP.: A União Soviética, Cuba, China, Tchecoslováquia, Mongólia, Polônia, Alemanha Oriental, Iugoslávia, Hungria, Coréia do Norte, Albânia foram alguns dos países que constituiam o Segundo Mundo, que deixou de existir a partir de 1991 com a desintegração da URSS.


3. QUAL A EXPRESSÃO UTILIZADA PARA DENOMINAR A NOVA ORDEM MUNDIAL E QUAL O CONCEITO PARA ESSA EXPRESSÃO?
RESP.: A Nova Ordem Mundial é designada de Multipolar, tendo em vista que o poder econômico e militar deixou de ser focado em apenas dois pólos EUA X URSS e passou a ser disputado por várias outas nações que emergiram economicamente.


4. EXPLIQUE A ORDEM MUNDIAL BIPOLAR OU BIPOLARIDADE.
RESP.: A bipolaridade foi a Ordem Mundial que após a Segunda Guerra Mundial que contrapós os EUA e URSS as duas únicas potências da época, cada uma liderando um dos dois blocos sócio-econômicos: o capitalismo (EUA) e o socialismo (URSS).


5. QUAIS OUTROS PAÍSES EMERGIRAM PARA RIVALIZAR COM O ENTÃO TODO PODEROSO EUA E DISPUTAREM A HEGEMONIA ECONÔMICA MUNDIAL?
RESP.: O Japão, a Alemanha, a Inglaterra, a Itália e a França, principalmente, reconquistaram seu papel de destaque no cenário econômico mundial, resurgindo para rivalizar com os Estados Unidos.


6. O QUE VEM A SER A NOVA ORDEM MUNDIAL?
RESP.: A Nova Ordem Mundial é a situação em que um plano geopolítico internaiconal das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria (1945-1991), a partir daí uma nova configuração política passa a surgir.


7. POR QUE ALGUNS AUTORES DEFENDEM A PROPOSTA DE UMA "UNIMULTIPOLARIDADE"?
RESP.: A unimultipolaridade é defendida por alguns autores para caracterizar o duplo caráter da ordem de poder global, ou seja, UNI para designar a supremacia militar e política dos Estados Unidos e MULTI para designar os múltiplos centros de poder econômicos.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

HIDROGRAFIA DA AMÉRICA

As águas continentais são representadas por rios, lagos e geleiras. Na América do Norte e na América do Sul, há rios bastante extensos, alguns dos quais formando grandes bacias hidrográficas. As características das bacias estão relacionadas às formas de relevo da região onde elas se localizam, como a direção dos rios e a existência de quedas-d’água, que possibilitam a instalação de hidrelétricas ou exigem a construção de eclusas para viabilizar a navegação . A América Central não apresenta rios que percorrem um pequeno trajeto até desaguarem no oceano Pacífico ou no oceano Atlântico . As nascentes de rios localizam-se nas regiões mais elevadas do relevo (planaltos e montanhas), às quais se dá o nome de centros dispersores de águas. Entre os centros dispersores de águas do continente americano destacam-se: as montanhas Rochosas, o planalto Canadense, os Apalaches, a Cordilheira dos Andes, os planaltos Norte-Amazônico, o planalto dos Parecis e os planaltos e serras do Atlântico. Essas elevações, apresentam declives, que orientam as direções dos rios. Esses declives são chamados de vertentes. Podemos analisar a hidrografia da América levando em consideração dois grandes conjuntos; a América do Norte e a do Sul, já que os sistemas hidrográficos da América Central e México são muito pequenos. · América do Norte – a hidrografia da América do Norte se caracteriza por possuir ao norte, no território correspondente ao Canadá, grande número de lagos, em função dos terrenos planos que aprisionam a água e do subsolo frio que impede sua penetração. O melhor exemplo são os cinco Grandes Lagos (Superior, Huron, Erie, Michigan e Ontário), os maiores, que se ligam ao mar através do rio São Lourenço, o mais importante do Canadá. Já ao sul, no território dos EUA, encontramos importantes rios. Voltados para o Pacífico, temos o rio Colúmbia, a noroeste, próximo à fronteira com o Canadá, de grande aproveitamento hidrelétrico. Ao Sul, atravessando o estado da Califórnia, temos o rio Colorado. Famoso pelo seu canyon. O mais importante sistema dos EUA, contudo é a bacia do Mississipi, que deságua no Golfo do México, recebendo inúmeros afluentes, entre eles, o rio Missouri. Essa bacia serviu de eixo de colonização da porção central dos EUA e é utilizada como meio de transporte, ligando o lago Michigan com o Golfo do México. · América do Sul – na América do Sul, temos três grandes bacias que se originam na Cordilheira dos Andes. Ao norte do subcontinente, encontramos o rio Orenoco que atravessa Colômbia e Venezuela e termina num delta rico em petróleo. Ao centro, encontramos a maior bacia do continente, constituída pelo rio Amazonas e seus afluentes. Tendo servido de eixo à colonização da região, esse sistema hidrográfico é seu principal meio de transporte e ainda pode apresentar aproveitamento hidrelétrico em seus afluentes. Uma das principais bacias da América do Sul localiza-se no centro-sul do subcontinente. Trata-se da Bacia Platina ou do rio da Prata que envolve Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. O rio da Prata é um grande estuário que separa o Uruguai da Argentina e tem seus três formadores nascendo no Brasil, os rios Paraguai, Uruguai e Paraná. Desses três, o mais importante é o rio Paraná, que é eixo da bacia, com maior volume extensão e o maior aproveitamento hidrelétrico. As principais vertentes são: · Vertente Ártica: destaca-se o rio Mackenzie, o maior rio do Canadá, que nasce no Grande Lago do Escravo e deságua no oceano Glacial Ártico. · Vertente do Atlântico Norte: o rio São Lourenço, cujo centro dispersor são os Apalaches, é o rio principal dessa vertente. · Vertente do Golfo do México: O rio principal da mais importante bacia hidrográfica da América do Norte é o Mississipi, navegável praticamente em toda sua extensão, pois é um típico rio de planície. Seu principal afluente é o rio Missouri. · Vertente do Pacífico Norte: os rios mais expressivos dessa vertente, na América do Norte, são o Colorado e o Sacramento. · Vertente do Golfo do México: o rio principal da mais importante hidrográfica da América do Norte é o rio Mississipi, navegável em quase toda sua extensão. · Vertente do Pacífico Norte: os rios mais expressivos dessa vertente, são os rios Colorado e o Sacramento, possuem um curso bastante acidentado, com muitas quedas d’água e cachoeiras. · Vertente do Atlântico Sul: essa vertente é a mais extensa e a mais importante do continente, cujos rios principais são o Amazonas (bacia Amazônica), ocupa uma área de aproximadamente 7 milhões de Km², dos quais 4,8 milhões localizam-se em território brasileiro – , o Paraná, o Paraguai e o Uruguai (bacia Platina), ocupa uma área de cerca de 4.350 milhões de Km², abrangendo terras do Brasil, do Paraguai, do Uruguai, da Argentina e da Bolívia.

COLONIZAÇÃO DO CONTINENTE AFRICANO

A partir de meados do século XIX, as atividades de exploradores e cientistas europeus no continente despertaram a atenção das potências da Europa para essa parte da Terra, anteriormente apenas tocada perifericamente por portugueses, espanhóis e outros. O continente, em pouco tempo, foi repartido entre alguns Estados europeus, partilha esta praticamente sancionada internacionalmente pelo Congresso de Berlim de 1885. Durante as quatro primeiras décadas do século XX, a África apresentou-se como um continente colonial – verdadeiro quintal da Europa – e suas terras encontravam-se repartidas praticamente na sua totalidade entre alguns Estados europeus. Com a formação de colônias, a economia do continente foi ainda mais modificada, visando atender às necessidades do colonizador. A colonização de exploração, por exemplo, alterou a agricultura de subsistência que antes era muitas vezes suficiente para a população, substituindo-a por platations e passando a atender ao mercado externo. Praticamente todas as atividades do continente foram desenvolvidas visando às necessidades do colonizador, se elas trouxeram algum beneficio às colônias, este foi uma simples conseqüência de alguma atividade interessante ao colonizador.
Essa colonização imprimiu suas marcas no continente. A partilha e a criação de fronteiras foram feitas sem levar em conta as diferenças étnicas, culturais ou lingüísticas destes povos, colocando-os dentro de um mesmo território. Com a independência destas colônias e a manutenção destas fronteiras, sérios problemas surgiram em decorrência deste fato, levando os diferentes grupos a disputas pelo poder, a conflitos civis e a separatismos. Além da desestruturação econômica, o europeu também introduziu o seu modelo de instituições judiciais e administrativas, desconsiderando as existentes até então. Alterou os hábitos, costumes e o idioma do africano e pregou a sua pretensa superioridade, mediante o uso da ideologia racial, visando justificar a subordinação dos povos africanos aos seus interesses políticos e econômicos. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, havia no continente africano somente quatro Estados independentes – Libéria, Etiópia, Egito e União Sul-Africana. Na prática, entretanto, todo o continente era colonial. O Egito, protetorado – britânico até o ano de 1992, continuou sobre a influência inglesa e uma de suas áreas mais significativas ( o Canal de Suez) era controlada militar e financeiramente. A Etiópia, antigo Estado africano, foi ocupada pela Itália de 1936 a 1941. nessa data, forças britânicas expulsaram os italianos do território passando a exercer sua influência na região. A Libéria, constituída a partir de 1822 com o objetivo de abrigar uma população norte-americana descendente de escravos africanos, embora oficialmente soberana, sempre esteve economicamente vinculada aos Estados Unidos. Sua independência ocorreu em 1847. A União Sul-Africana constituía um domínio da Comunidade Britância de Nações e, embora na prática fosse independente, nela ainda eram vivos os fatos relativos à Guerra dos Bôeres (conflito entre a Grã-Bretanha e os bôeres (descendentes de holandeses). No fim da Segunda Guerra Mundial, um sopro de liberdade percorreu o mundo inteiro. Na África, os movimentos de independência das colônias européias sucederam-se em cadeia durante os anos que se seguiram. Em cerca de 15 anos, de 1951 a 1965, uma parte considerável do continente tornou-se independente. Os novos Estados surgidos no continente africano constituem o fruto da presença colonial na África.

O CRESCIMENTO VEGETATIVO DA POPULAÇÃO

O crescimento natural ou vegetativo da população é a diferença positiva entre as taxas de natalidade e de mortalidade. No caso do Brasil, constituí o elemento principal do incremento demográfico, quase coincidindo esses dois processos. As taxas de mortalidade vêm diminuindo no Brasil desde os anos 1940. Esse decréscimo foi anterior à diminuição das taxas de nascimentos, algo comum em todo o mundo. Sempre ocorre primeiro queda na mortalidade e, uma ou duas décadas depois, se observa queda semelhante na natalidade, lapso esse que origina em período denominado “transição demográfica”, no qual o crescimento natural da população se acentua muito. Nos países desenvolvidos esse período ocorreu no século XIX, e hoje eles possuem baixas taxas de natalidade e de mortalidade, com crescimento vegetativo pequeno ou, as vezes, até com taxas negativas. Já no Brasil, só agora começou a superar a “transição demográfica”, está em uma situação intermediária, com crescimento demográfico já baixo, que deverá cair ainda mais, para depois se estabilizar. Essa queda nas taxas de mortalidade no Brasil e suas razões podem ser resumidas em alguns pontos: · Desde o final do século XIX, os índices de mortalidade no Brasil vêm diminuindo, tendo sido registrada taxa de 30,2۪‰ em 1980, 26,4‰ em 1920, 14,2‰ em 1960 e 7,8‰ em 2000. Essa redução se deve principalmente à melhoria das condições sanitárias e higiênicas, como o saneamento de lagoas e pântanos, a dedetização de locais de trabalho e de moradia, a expansão das redes de esgoto e água encanada, a vacinação em massa da população, etc. a disseminação do uso de sulfas, antibióticos e inseticidas possibilitou o controle de grande número de enfermidades que, embora simples, causavam muitas mortes prematuras. · Houve uma alteração nas principais causas das mortes: no início do século XX, as doenças que causavam maior mortalidade eram as infecciosas e parasitárias e as dos aparelhos respiratório e digestivo; nos últimos anos, observou-se diminuição dessas doenças e aumento de outras, como distúrbios dos sistemas circulatórios e nervoso, além de maior incidência de câncer. Assim, ocorreu grande declínio das doenças que costumava ser chamadas “de pobre” (tuberculose, pneumonia, malária, etc.) – embora não tenham desaparecido – e aumento das doenças “ de rico” (câncer, cardiovasculares, etc.), e na média geral o índice de mortalidade declinou. Um fato a ser enfatizado é que o declínio nos índices de mortalidade tem um limite: cerca de 6‰. Então se estabiliza e depois de certo tempo, por causa do envelhecimento da população, começa a subir novamente até atingir um patamar de 9‰. Dessa forma, é provável que essa queda nas taxas de mortalidade do Brasil tenha já alcançado seu limite – ou quase – e fique relativamente estabilizada até por volta de 2010, começando depois a subir um pouco pelo aumento da proporção de idosos na população total. A natalidade ainda tem espaço para declinar vários pontos nos próximos anos, mas a mortalidade quase já não tem mais o que diminuir. As taxas de natalidade também vêm diminuindo. Esse declínio ocorre paralelamente ao processo de urbanização que se intensificou a partir de 1950. as razões desse fato são várias: · No meio urbano, especialmente nas grandes cidades , as pessoas casam-se mais tarde que no meio rural. É evidente que não há necessidade de casar-se para ter filhos, mas a regra geral é tê-los após o casamento por causa do encargo econômico que representam, do preconceito que ainda existe contra mães solteiras, etc. assim, com a urbanização e a concentração populacional em grandes centros urbanos, a idade média com que as pessoas se casam aumenta, e isso diminui a média de filhos por família, já que o período de fertilidade de um casamento que se iniciou com a idade de trinta anos para cada parceiro, por exemplo, será menor que a de outro que se inicia com dezesseis anos para cada cônjuge. · Nas cidades, em geral, há um ideal de quantidade de filhos menor que no meio rural. Isso porque os cuidados para cria-los devem ser maiores: há falta de espaço para as crianças brincarem, há necessidade de alguém levá-las à escola, etc. Além disso, no campo é comum os menores de idade ajudarem a família nas tarefas agrícolas, ao passo que na cidade é mais difícil empregar menores de quatorze ou quinze anos. · Desde a década de 1970 que se expandiu muito no Brasil o uso de anticoncepcionais, em especial nos centros. · Outros fatores que devem ter contribuído para essa queda da natalidade são os abortos e a desnutrição. O número de abortos, segundo a opinião de médicos e especialistas em demografia, aumentou muito nas últimas décadas: as estimativas variam de 800 mil a mais de 4 milhões por ano.tais estimativas são assim tão dispares porque não existem dados estatísticos sobre o assunto, uma vez que o aborto provocado é ilegal no país e praticado clandestinamente. A desnutrição, por sua vez, também aumentou muito por causa do crescente desemprego e dos baixos salários, e ela concorreu para essa acentuada queda da natalidade das últimas décadas porque, em alguns casos, pode inibir a ovulação feminina e provocar mortalidade intra-uterina. Todavia, apesar de diminuírem bastante nas últimas décadas, os índices brasileiros de natalidade ainda são relativamente altos se comparados aos dos países desenvolvidos: nos Estados Unidos é de 14‰, no Japão e na Suécia 10‰. Mas a taxa de natalidade do Brasil é significativamente mais baixa que aquelas ainda vigentes nos campeões de crescimento demográfico, como Uganda 51‰, Bangladesh 42‰, Congo 40‰ e Nigéria 39,5‰.

AS ROCHAS

Os geólogos são os responsáveis pelo estudo das teorias da história da Terra, partiram daquilo que podiam observar de perto: as rochas que existem hoje e que se distribuem desigualmente pela superfície do planeta. Comparando-as, estabelecendo seus elementos constitutivos, observando sua resistência maior ou menor, eles puderam reconstruir não só a história do planeta mas também a história dessas rochas, bem como seu ciclo de desenvolvimento.
Sabemos que a superfície terrestre ou crosta é a parte sólida do planeta. Essa parte sólida é constituída de vários elementos químicos, distribuídos de forma desigual, com grandes variações de peso e volume. De forma geral, aparecem formando compostos que constituem os minerais que, agrupados, dão origem às rochas – granito,riólito, basalto, diabásio, calcário, etc. Na crosta, existem mais de 2.000 minerais que o homem utiliza desde a Antiguidade. Nas áreas onde ocorre concentração de minerais e viabilidade de exploração econômica, esses minerais são chamados de minérios. Tomando como critério a forma como surgiram, as rochas são divididas em três tipos: as rochas magmáticas, as rochas sedimentares e as rochas metamórficas. · Rochas magmáticas ou ígneas – (Riólito, Basalto, granito, Pedra-pomes, etc) – são as rochas que se formam quando o magma (o material do manto) esfria e se solidifica. Há aquelas que servem de base para a crosta e que ficam em profundidades maiores, preenchendo fundos ou entre camadas de outras rochas – essas são chamadas de intrusivas. Nessas condições, o resfriamento do magma é mais lento e forma rochas com uma granulação mais grosseira.
Outras rochas magmáticas forma-se na superfície, a partir do resfriamento rápido das lavas lançadas pelos vulcões – são chamadas de extrusivas. Por causa da rapidez com que se resfria, sua granulação é fina.. As áreas onde essas rochas ígneas se concentram na superfície são chamadas de escudos. · Rochas sedimentares – (giz, arenito vermelho, halita, laranja, etc) – são as rochas que se formam a partir da acumulação e consolidação de sedimentos – partículas de rochas ou de matéria orgânica, originadas pelo desgaste de rochas feito pela água, pelos ventos ou pelo depósito de restos de seres vivos.
Sua principal característica é apresentar camadas ou estratos. Cada camada representa um período de deposito de um ou outro tipo de sedimento – cada camada nova é depositada em forma horizontal sobre as anteriores. É nesse tipo de rochas que se acumulam restos de vegetais e animais tanto terrestres quanto marinhos, e, portanto, é nelas que aparecem dois grandes recursos energéticos utilizados pela indústria atual: o carvão e o petróleo. As áreas onde ocorrem esses depósitos são chamadas de bacias sedimentares. · Rochas metamórficas – (gnaisse, ardósia, mármore, etc) – A palavra metamorfose, significa transformação e isso significa a mudança de alguma coisa já existente em outra. Ora, as rochas metamórficas são exatamente isso – rochas sedimentares ou magmáticas que, em virtude de alguma alteração física (aumento de pressão e/ou calor), transformam-se em um outro tipo de rocha. Algumas delas encontramos em nossas próprias casas, como o mármore, por exemplo. A crosta e, portanto, as rochas sofrem processos de mutação constante – muitas das rochas que surgiram nas primeiras eras geológicas já refundidas graças à movimentação das placas tectônicas e outras “nasceram” a partir dessa mesma mobilidade. Ainda mais, a atuação do clima, das águas, das geleiras, enfim, a exposição dessas rochas na superfície acaba por desgasta-las.
Portanto, temos o ciclo das rochas e uma das possibilidades é: erosão; deposição e cimentação; alteração de pressão e temperatura; fusão; erupção e resfriamento, está aí um processo de mutação das rochas.

AS FORMAS DE RELEVO

A superfície terrestre compõe-se das rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas. Essas rochas estão sujeitas à ação dos elementos da atmosfera, das camadas internas da Terra e da biosfera, e delas depende, em grande parte, a resistência maior ou menor dessas rochas, bem como o desgaste que vão sofrendo ao longo do tempo. A superfície não é igual – em algumas áreas, ela é mais baixa, em outras áreas, mais alta, chegando a atingir 8.000m de altitude, por exemplo, na cordilheira do Himalaia, onde se destaca o Monte Everest, com 8.848m de altitude, considerado o “teto do mundo”. Essas formas diferentes e irregulares que observamos na superfície terrestre são o que chamamos de relevo. O relevo é diferenciado pela aparência, pelo tipo de rochas e pelo processo de formação. É a partir desses critérios que classificamos o relevo do mundo em montanhas, planaltos, planícies e depressões. · Montanhas – são as áreas mais elevadas da superfície terrestre, acima de 1.000m de altitude e podem ser encontradas isoladas ou uma sucessão – neste caso, falamos em cordilheiras ou cadeias montanhosas. Elas aparecem sobretudo ao longo das áreas de contato de placas tectônicas ou em áreas onde a crosta é mais sensível às pressões exercidas por essas placas, provocando falhas ou fraturas de grandes blocos rochosos. · Planaltos – são superfícies mais ou menos elevadas, variando entre 400 e 800m de altitude, que são delimitadas por declives ou escarpas. Neles, o processo de desgaste produzido pelo clima, pelas águas, pelos ventos – o que chamamos de erosão – é mais acentuado que o processo de sedimentação. Em áreas de declives e escarpas ocorrem os deslizamentos de terras (áreas de morros), principalmente nas regiões onde o homem retira a vegetação original. · Planícies – são superfícies planas e geralmente mais baixas, variando entre 0 e 200m de altitude. São formadas por processos de sedimentação de materiais trazidos pelas águas ou pelos ventos – por isso, normalmente se localizam junto a rios e aos mares e oceanos. Nessas áreas a produção agropecuária é muito praticada e concentração humana é maior. · Depressões – são as formas de relevo mais rebaixada. Quando a depressão é mais baixa em relação aos terrenos circundantes, dizemos que é uma depressão relativa. Quando fica abaixo do nível do mar, dizemos que é uma depressão absoluta. O nível do mar é por onde começamos a contar as altitudes diferentes do relevo, ou seja, ali está a cota zero (0 metro). O Mar Morto, que fica a 394, abaixo do nível do mar e se localiza entre Israel e Jordânia, no Oriente Médio, é uma depressão absoluta. No Brasil, nós só encontramos três tipos de relevo – planaltos, planícies e depressões, pois sua formação geológica é muito antiga e passou por um intenso processo de erosão (desgaste físico das rochas causados pela água, sol, vento etc.)

AS FORMAÇÕES VEGETAIS DA AMÉRICA

A interação entre os elementos, (rochas, solos, relevo e hidrografia) que constituem o quadro natural, terá como principal conseqüência o desenvolvimento de espécies vegetais adaptadas às condições ambientais criadas por essa interação. Como conseqüência disso, a América possui quase todos os tipos de formações vegetais encontradas no planeta. A tundra - Ao norte da América, nas regiões voltadas para o Oceano Glacial Ártico, encontramos um clima polar muito frio. Nessa borda do continente, predomina um ambiente conhecido como tundra, uma região onde os solos estão permanentemente congelados a partir de uma certa profundidade, mesmo no verão. Como o ambiente não ajuda na evolução, as plantas são de tamanho reduzido, constituídas por liquens ( associações entre algas, musgos e fungos), arbustos anões e bétulas de porte reduzido. E, detalhe, só se desenvolvem no verão, quando o clima mais ameno permite a evolução. Floresta de coníferas - ainda ao norte, numa faixa de climas temperados frios que permeiam o centro norte do Canadá, encontramos uma floresta de coníferas. Trata-se da floresta canadense. Ela se desenvolve num ambiente que apresenta um longo inverno, escuro, muito frio e com grande volume de neve, entretanto as chuvas de verão permitem a evolução de plantas mais resistentes, das quais se destacam os pinheiros, constituindo uma floresta homogênea, destacando-se apenas uma espécie de planta. O Canadá faz proveito dessa madeira alimentando uma das mais produtivas indústrias do país, a indústria de papel, (o Canadá é o maior produtos mundial de papel jornal do mundo Floresta caducifólia de clima temperado – Tanto na costa leste quanto na oeste da América do Norte, bem como no extremo sudoeste da América do Sul, no Chile, extensas áreas dominadas por florestas temperadas. Essas formações desenvolvem-se em ambientes úmidos, pois essas regiões são atingidas por ventos litorâneos carregados de umidade. Isso permite um desenvolvimento maior e mais diversificado das plantas, mesmo que o inverno seja frio e com neve. Esse tipo de floresta é geralmente aberto, já que as plantas guardam uma certa distância entre si, permitindo a fácil locomoção no seu interior. Contudo, o ambiente interior é escuro. Grandes porções de florestas temperadas dos EUA foram bastante alteradas pelo processo de ocupação, o mesmo ocorrendo de forma menos intensa no Canadá e sul do Chile. Na região dos Grandes Lagos, fronteira dos EUA com o Canadá, a emissão de poluentes das indústrias aí concentradas gera intensas chuvas ácidas que estão destruindo as florestas dessa região. Formações vegetais de montanhas, de desertos e de clima mediterrâneo – Em todas as três partes do continente, se nota a formação de Montanhas Rochosas no Canadá e EUA, quanto nas Sierras Madres mexicanas da América Central, e na Cordilheira dos Andes, na América do Sul, as áreas montanhosas são constituídas por formações rasteiras pobres, em função dos extremos climáticos apresentados nas montanhas, ou seja, um clima frio e seco. São ambientes de difícil ocupação para as comunidades humanas. Uma formação vegetal que se apresenta reduzida, em termos espaciais, na América, é a vegetação mediterrânea, semelhante aos maquis e garrigues do sul da Europa. No caso do continente americano, essa é uma formação constituída de plantas de pequeno porte, em função, principalmente, do clima seco da região. Ela surge nas áreas de transição entre os climas desérticos e temperado, principalmente junto à costa sudoeste dos EUA, norte do estado da Califórnia e junto à costa central do Chile, próxima à capital, Santiago. Em todas essas regiões, encontramos as formações vegetais dos desertos e semi-árido (xerófitas) que se constituem de plantas adaptas a um meio bastante inóspito (desertos), onde a carência de umidade é muito grande. Essa formação é constituída por plantas de pequeno porte que conseguem armazenar água no seu interior e não a perdem por não apresentar folhas. São as cactáceas que, na extensão territorial da América, evoluíram para inúmeros tipos. Formações herbáceas ou pradaria, pampa e campos – Outra extensa formação vegetal, que se encontra tanto na América do Norte quanto no Sul, é a pradaria ou estepe. Trata-se de uma formação constituída basicamente de gramíneas que se espalha por vastas extensões de terras planas, onde os índices de chuva são relativamente baixos. Na América do Norte, é a pradaria que se estende pelas planícies centrais do Canadá e EUA. Na América do Sul, encontramos o Pampa, que envolve a planície do Prata, abrangendo a Argentina, o Uruguai e o sul do Brasil, Campanha Gaúcha, onde a vegetação é chamada de campo. Constitui-se numa formação rasteira, própria para a criação de gado, atividade bastante exercida na Argentina, Uruguai e Brasil. Nessas regiões, muitas vezes encontramos solos bastante férteis, o que permite o desenvolvimento de atividades agrícolas. Assim, tanto o Prairie quanto o Pampa são regiões bastante utilizadas no cultivo de cereais, principalmente o trigo. Mata tropical e a savana ou cerrado – Uma importante formação vegetal, que se estende desde a América do Norte até a América do Sul, é a floresta tropical Típicas da América Central e Caribe e da porção oriental da América do Sul, as florestas tropicais associam-se a climas úmidos cujas temperaturas apresentam variações entre 18ºC e 24ºC. são formações densas, adaptadas a ambientes úmidos (higrófilas), possuem plantas com numerosas e grandes folhas (latifoliadas) e estão sempre verdejantes (perenes) em função do fornecimento constante de umidade. Contudo, seja na América Central seja no Brasil, grande parte delas já foi destruída em função do processo de ocupação. Outra formação comum em áreas de clima tropical é a savana. Conhecida como cerrado, no Brasil, e lhanos, na Venezuela, essa formação desenvolve-se num ambiente que apresenta chuvas de verão e secas prolongadas de inverno. Geralmente os solos são pobres, o que impede o desenvolvimento de uma formação mais exuberante. Dominam os arbustos de pequeno porte, com altura em torno de 5m, possuindo galhos e troncos tortuosos, recobertos por grossas cascas, ou cortiças, que os protegem contra o meio (eventualmente o fogo) e a perda de água. Sua fauna apresenta uma razoável riqueza. Mas o avanço de atividades agrícolas, principalmente no Brasil, já destruiu cerca de 80% da formação original. Estende-se pela porção setentrional da América do Sul por uma área de aproximadamente 6 milhões de Km2, encontramos a floresta equatorial amazônica. Essa formação é um subtipo da floresta tropical, associada aos elevados índices de umidade da Amazônia e que se caracteriza por ser uma das formações florestais mais ricas em espécies da Terra . Essa formação pode fornecer um sem-número de recursos para os povos que as habitam entre alimentos, moradia e outros. Causa preocupação o fato de que a floresta vem sendo drasticamente destruída pelo avanço da agricultura, pelas queimas com o intuito de criar fazendas de gado e pela extração da madeira. A floresta subtropical englobam o sul do Brasil e se estendem também pela Argentina e Paraguai. Típica de uma área onde o clima é de transição entre o tropical e o temperado, é constituída por um tipo de conífera característica dessa região, a Araucária, um verdadeiro símbolo do sul do Brasil. É uma formação aberta própria de ambientes onde a média térmica gira em torno de 12ºC a 20ºC. Deve-se destacar também que, junto ao litoral oriental da América, entre o estado americano da Flórida, estendendo-se pelo México, América Central e América do Sul até a altura de Santa Catarina no Brasil, encontramos o mangue. Trata-se de uma formação especial que se desenvolve junto às costas úmidas onde se misturam águas doces e salgadas do mar e das desembocaduras dos rios. São constituídas por plantas halófitas (adaptadas ao sal) e possuindo raízes aéreas. Concentram-se junto à costa formando uma importante área de reprodução animal, tanto marinha quanto terrestre.Você deve ter em mente que o quadro vegetal mostrado acima está em rápido processo de transformação devido à ocupação que a sociedade capitalista vem promovendo, muitas vezes, sem o respeito e o cuidado que o meio ambiente deve receber

CLIMA E VEGETAÇÃO DA ÁFRICA

Em virtude de sua posição geográfica, cortada pelos dois trópicos, a África é dominada por climas quentes. Em geral, as temperaturas do mês mais frio não descem a menos de 10ºC e, por toda parte, o mês mais quente apresenta sempre mais de 20ºC. Nos desertos, a temperatura chega a mais de 59ºC. O continente africano apresenta grande variedade na distribuição das chuvas. Em algumas regiões as chuvas são abundantes; em outras; são extremamente escassas. Há uma África úmida, bem diferenciada. Na região equatorial e na costa do Golfo da Guiné, existe a zona de calmarias, que produz chuvas de convecção: chove em abundância quase diariamente. Em regiões mais afastadas dessa zona, as precipitações diminuem, e aparece um período sensivelmente menos chuvoso em certas épocas do ano, correspondente aos meses menos quentes: é o regime de climas tropicais úmidos propriamente dito. Em contraposição à África úmida, há uma África seca. Nas latitudes tropicais, formam-se centros de alta pressão (anticiclones), dispersores dos ventos alísios, que se deslocam em direção ao Equador. Nessas áreas de alta pressão, formam-se os desertos do Saara, ao norte, e de Kalahari, a sudoeste. Como conseqüência, a estação seca prolonga-se por quase todo o ano, e as chuvas, bem raras, são muito irregulares. Já nas suas extremidades norte e sul, o continente torna-se mais úmido. Aí os ventos do oeste provocam chuvas que se concentram nos meses de inverno, caracterizando climas mediterrâneos. A diferenciação do clima se faz, de uma maneira geral, acompanhando o sentido dos paralelos. De norte a sul, encontramos: Clima equatorial – com chuvas abundantes durante o ano todo, sem estação fria. Corresponde às áreas próximas ao Equador, Congo e Quênia. Clima tropical – com chuvas durante o verão e secas no inverno. Médias térmicas anuais elevadas, aparecendo entre as áreas desérticas e as de clima equatorial. Clima desértico quente – índice pluviométrico abaixo de 250 mm/ano. Ex.: Deserto do Saara e Kalahari. Clima subtropical – é encontrado no extremo norte e sul da África, em latitudes médias e nas altitudes elevadas. No extremo norte, o clima subtropical pode ser chamado de mediterrâneo, em razão de acentuadas influências do Mar Mediterrâneo. As formações vegetais na África estendem-se de um e de outro lado do Equador, de acordo com a distribuição das chuvas: a zona equatorial, quente, muito úmida, com uma floresta densa e alta; a zona tropical, úmida, mas com estação seca bem marcada e vegetação de savana; as estepes e os desertos. Floresta da África úmida – uma floresta densa cobre toda a Bacia do Congo e as regiões costeiras do Golfo da Guiné. Compreende centenas de espécies; muitas delas de madeira de lei. Também a fachada costeira da África Oriental é ocupada por densa floresta, cuja riqueza vegetal é comparável à da Amazônia. O húmus (produto da decomposição parcial de restos vegetais que se acumulam no chão florestal) constitui fonte de matéria orgânica para a nutrição vegetal da floresta. Entretanto os solos em geral são muito pobres e esgotam-se facilmente quando cultivados. As savanas – estendem-se de um lado e de outro da floresta equatorial, na faixa dos trópicos, mas também predominam nos planaltos e na região dos grandes lagos africanos. Os solos são pobres e, em grandes extensões, prejudicados por lateritas. Nas savanas, vivem grandes mamíferos como girafa, zebra, elefante, além de outros de menor porte. As estepes e os desertos – são gramíneas típicas das áreas de transição de climas secos para úmidos, como as áreas entre os desertos e as savanas, numa faixa que se estende do Atlântico ao Mar Vermelho. Os desertos abrangem as áreas onde as chuvas são inferiores a 250mm anuais. Onde existe alguma umidade, uma vegetação rasteira e de folhas grossas cresce em tufos e recobre os leitos secos de rios temporários. No deserto do Kalahari, entre blocos de rochas desenvolve-se uma vegetação xerófita. Nessa formação, encontramos ao sul do Deserto do Saara uma faixa conhecida como Sahel. Vegetação mediterrânea – compõe-se de carvalhos e árvores típicas de florestas coníferas, em regiões montanhosas, e mangues, ao longo do litoral, a noroeste da África, em região conhecida como Magreb, no litoral do Mediterrâneo.

A ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

A estrutura por idade ou etária de uma população costuma ser dividida em três faixas: · Jovem, quando mais de 50% da população tem entre 0 e 19 anos; · Adultos, quando mais de 50% da população tem entre 20 e 59 anos; · Idosos, quando mais de 50% da população tem mais de 60 anos. As nações que possuem, há várias décadas, baixos índices de natalidade e mortalidade e uma expectativa de vida elevada – caso dos países capitalistas desenvolvidos e também de uma parte dos ex-“socialistas” (Hungria, República Tcheca e outros) – têm a maioria de sua população na faixa etária dos adultos – 55% a 60% do total - ; a porcentagem de idosos é relativamente alta(15%) e a faixa dos jovens normalmente está abaixo dos 30% do total da população. Os países subdesenvolvidos, em especial aqueles com baixa expectativa de vida, apresentam uma maioria de população jovem – 50% ou mais – e a faixa dos idosos é muito reduzida, menos que 10% do total da população. No Brasil, segundo dados do último recenseamento geral da população (2000), a faixa etária dos jovens abrange 40,5%, a dos adultos 50,6% e a dos idosos 8,9% do total da população. Nas últimas décadas, aumentou o porcentual de idosos e adultos e diminuiu a porcentagem de jovens, pois, em 1950, a distribuição era a seguinte: idosos, 4,6%; adultos, 43,1% e jovens, 52,3%. Essa mudança se deve à diminuição das taxas de mortalidade e de natalidade e ao aumento da expectativa de vida. Dessa forma, podemos dizer que o Brasil se enquadra no final do estágio de transição de país jovem para maduro. Ele ainda não pode ser considerado plenamente um “país maduro”, como os países desenvolvidos, mas caminha a passos rápidos nessa direção. Todavia, a proporção dos idosos no total da população ainda é pequena em comparação a países como Suécia 23% ou os Estados Unidos 17%, sendo mais semelhante à maioria dos Estados subdesenvolvidos. Podemos representar a estrutura etária de uma população por meio de um gráfico denominado pirâmide etária. Esse gráfico fornece informações das faixas etárias e da proporção dos sexos em cada faixa; um lado do gráfico representa as pessoas do sexo masculino e o outro, as do sexo feminino.
Nos países jovens, onde as taxas de natalidade e de mortalidade são elevadas, esse gráfico tem o formato de um triangulo ou uma pirâmide típica, com uma base bem larga(elevado número de crianças) e um topo estreito9pequeno número de idosos). Nos países desenvolvidos, onde as taxas de natalidade e de mortalidade são baixas – além da elevada expectativa de vida – , esse gráfico já não se assemelha mais a uma pirâmide, mas a um retângulo na vertical, com uma proporção de idosos praticamente igual ou superior à de crianças. Observe as pirâmides de idades do Brasil. Elas demonstram um progressivo amadurecimento populacional nas últimas décadas: a de 1970 constitui uma típica pirâmide etária de país jovem; a de 2000 já sinaliza um avançado estágio de transição. Com o tempo praticamente todos os países deixarão de ser jovens no sentido de predomínio da faixa etária com menos de dezenove anos de idade. Isso porque até mesmo nos Estados mais pobres a tendência é haver diminuição das taxas de mortalidade e de natalidade e aumento da expectativa de vida, o que leva a um progressivo envelhecimento da população. Por isso, a expressão “pirâmide etária” vai perdendo a sua razão de ser. Ela foi criada há cerca de um século, em uma época em que até os países desenvolvidos tinham grande proporção de jovens no seu efetivo demográfico – e, portanto, essa gráfico tinha formato piramidal para todas as nações, o que deixou de ser verdadeiro para muitas delas.

O QUADRO DEMOGRÁFICO DA AMÉRICA

A população do continente americano corresponde a cerca de 14% do total da população mundial. Em 2003, a América era o segundo continente mais populoso do mundo, com cerca de 869 milhões de habitantes. Desse total, 543 milhões vivam na América Latina, enquanto 325 milhões habitavam a América Anglo-Saxônica. As taxas de crescimento populacional estão diretamente relacionadas ao nível de desenvolvimento econômico e social de cada país. Isso explica, em parte, as diferenças entre os índices de crescimento dos países latino-americanos, que são elevados, e os índices dos Estados Unidos e do Canadá, onde a população cresce mais lentamente. Até 1950, o crescimento populacional da América Latina era próximo ao da América Anglo-Saxônica. A partir dessa década porém, várias conquistas médicas e sanitárias, antes de domínio apenas dos países desenvolvidos, foram estendidas a uma parte do mundo subdesenvolvido, incluindo a América Latina, o que fez diminuir os índices de mortalidade nessas regiões. Como não ocorreu nenhuma alteração significativa no número de nascimento (1950 – 1970), houve uma profunda aceleração no crescimento populacional nos países mais pobres da América. Atualmente, no entanto, os índices de crescimento populacional na América Latina não são homogêneo. Os países que possuem um melhor padrão cultural, como a Argentina, Uruguai e Cuba, apresentam taxas de crescimento bem próximas às dos países desenvolvidos, enquanto outros, como o Paraguai, Bolívia e a maior parte de América Central, apresentam taxas que estão entre as mais elevadas do mundo. O Brasil, assim como o México, tem apresentado nas últimas décadas uma queda constante nos índices de crescimento de sua população, mas eles ainda permanecem relativamente elevados quando comparados aos dos países desenvolvidos. A América apresenta grandes vazios demográficos e áreas de intensa concentração populacional que podem ser explicados pelas condições naturais e por razões históricas e econômicas. Os grandes vazios demográficos, ou seja, as áreas menos povoadas, correspondem: à região das floresta Amazônica; aos desertos de Atacama (Chile e Peru), da Patagônia (Argentina) e do Colorado (EUA); as regiões de clima frio e polar do norte canadense. Devido à facilidade de acesso e comunicação com as metrópoles européias, a população americana concentrou-se próximo ao Atlântico, desde o período colonial. Porém, na região dos altiplanos andinos, assim como nos planaltos encravados entre as montanhas mexicanas e em outros países da América Central continental, os povos que habitavam a América formaram áreas de forte concentração populacional. Atraídos pela abundância de ouro e prata explorados pelos primitivos habitantes do continente, os espanhóis dirigiram-se para essas regiões, formando junto aos antigos aglomerados populacionais as primeiras fortificações e cidades espanholas. No entanto, foi a economia colonial, totalmente dirigida para o continente europeu, que determinou o principal padrão de distribuição da população pelo continente. Nos Estados Unidos, a áreas de colonização mais antiga se desenvolveu junto ao Atlântico , estendendo-se, na etapa inicial de industrialização do país (início deo séc. XIX), à região dos Grandes Lagos, que constitui uma grande reserva de matérias-primas básicas à atividade industrial. No inicio do século XIX, os Estados Unidos expandiram seu território até a costa do Pacífico (marcha para o oeste). A descoberta do ouro nessa região, principalmente no estado da Califórnia, criou um pólo de atração populacional. No Canadá a população está fortemente concentrada no vale do rio São Lourenço (porta de entrada dos primeiros colonizadores) e junto à região do lago Ontário, na fronteira com os Estados Unidos. Distribuição da população por continente 2003 Ásia 3.823,4 milhões Europa 726,3 milhões América 868,9 milhões África 850,6 milhões Oceania 32,2 milhões Total 6.301,4 milhões

PAÍS JOVEM - NEGATIVO OU POSITIVO?

O fato de ter sido até os anos de 1980 um “país jovem” deve ser considerado positivo ou negativo para o Brasil? Deve ser considerado negativo, se pensarmos que a grande porcentagem de crianças e adolescentes no total da população exerce um peso econômico muito maior sobre os adultos – teoricamente, a faixa etária que trabalha e sustenta as demais. Além disso, na medida em que não houve grandes investimentos em educação e saúde, a maioria desses jovens não recebeu formação adequada para exercer atividades qualificadas. De 1980 a 2000, em média, a verba destinada anualmente à educação no orçamento do Tesouro Nacional foi de apenas 6,5% do total, enquanto nos Estados Unidos, cujo orçamento é bem maior, foi de 17% e no Japão de 20%. No Brasil, apenas uma em quatrocentas pessoas inicia e conclui o ensino superior, ao passo que na França a proporção é de uma em 25 e nos Estados Unidos de uma em dez. E os gastos anuais com a saúde no Brasil situaram-se, nesse mesmo período, em torno de 2,5% do orçamento federal, enquanto na França é de 8,5% e nos Estados Unidos de 9%. As despesas com educação e a saúde dos jovens, no Brasil, recaem de fato sobre as famílias e não sobre o Estado, como ocorre nos países desenvolvidos e em muitos do Sul, como Taiwan e Coréia do Sul. Isso significa que as famílias de alta podem fornecer boa escolaridade aos seus filhos, mas as de baixa renda não; nestas os jovens normalmente têm de trabalhar para ajudar no orçamento familiar. O número de jovens, crianças ou adolescentes, que trabalham aumentou muito nas últimas décadas. Segundo dados do IBGE, na faixa etária masculina de dez a quatorze anos, por exemplo, 21,3 % do total trabalhava em 2000, contra um porcentual bem menor em 1960. e cerca de 70% dos jovens do sexo masculino de quinze a dezessete anos trabalhavam em 2000. na faixa etária feminina de dez a quatorze anos era de 10,5% a proporção das que trabalhavam em 2000; e 27% das jovens de quinze a dezessete anos trabalhavam nesse ano. Esse aumento do trabalho dos jovens, e também, em parte, das mulheres em geral, decorre do fato de os salários, em média, terem sofrido nas últimas décadas ajustes inferiores à inflação. Isso tornou o salário do chefe de família insuficiente para sustenta-la, fazendo com que várias pessoas trabalhassem para aumentar o orçamento doméstico. Do ponto de vista dos jovens, isso não é positivo, pois, em geral, prejudica seus estudos e, consequentemente, seu futuro e o da economia nacional, em uma época que exige cada vez maior qualificação da força de trabalho.

O FLUXO DE IDEIAS

Em 15 de abril de 2009, esta imagem foi divulgada pela ESA 9Agencia Espacial Européia), ela retrata o lixo espacial em órbita em volta da Terra. De acordo com a agencia, desde o primeiro lançamento (1957) até hoje, cerca de 6 mil satélites foram enviados para a órbita terrestre. Na data de divulgação das imagens, a estimativa era de que apenas 800 deles estariam ativos e 45% estariam localizados a uma distância de até 32 mil Km. Isso representa a amplitude do atual meio técnico-científico-informacional. A aceleração contemporânea, altera a natureza do espaço geográfico e imprime novo ritmo às ações humanas. As inovações técnicas (telefone, radar, transistor, fotografia, rádio, bomba atômica, circuito integrado, etc), contribuiram para a mudança na relação espaço-tempo no atual período técnico-científico-informacional.. Elas influenciaram e influenciam em demasia nossa vida cotidiana, e acabaram por revolucionar um dos setores mais importantes da atividade humana: as comunicações. A aceleração comtemporânea é entendida como o momento em que eclodem forças concentradas da sociedade em sua relação com a natureza, sendo justamente o resultado da proliferação de invenções técnicas em vários setores da atividade humana, que aumentam os ritmos e os fluxos do espaço geográfico. O conjuntos dos novos meios de comunicação (inovações técnicas), proporcionou, às populações de diferentes regiões de um mesmo país ou de países distintos, o poder de enviarem e receberem mensagens de modo rápido e eficiente, como nunca fois possível antes na história da humanidade. Até o século XIX, antes do surgimento do telégrafo, as informações ou mensagens andavam na mesma velocidade e sob as mesmas condições dos transportes materiais, por meio da utilização de cavalos e carruagens em terra e de barcos e navios nos mares e rios. Em contraste, atualmente, as informações, que são a “mercadoria” transportada pelos sistemas de comunicação, podem transitar quase instantaneamente de uma região para outra, desde que elas estejam equipadas com elementos do meio técnico-científico-informacional, como redes de transmissão de rádio e de televisão, antenas ou estações de satélite, cabos de fibra óptica. Os sátélites contribuem para quatro principais mudanças. *A distância está deixando de ser uma barreira para as comunicações, já que as informações, agora digitalizadas, podem ser transferidas para qualquer região, onde os fluxos possam ser absorvidos. *Cada vez mais, a fala, as imagens e os textos são transmitidos de maneira semelhante, por meio de impulsos eletromagnéticos. *Desenvolveu-se a chamada “sociedade da informação”: cada vez mais as pessoas precisam de informações para o seu trabalho – dados sobre a economia, outras cultutras, suas atividade profissionais – e também para o seu lazer – produção de filmes, televisão a cabo etc. *Também está havendo uma união entre as tecnologias de computação e de comunicação por intermédio das mensagens por bits eletrônicos – unidade de medida da informação, é a conjunção das palavras binary digit – digito binário –, linguagem que permite a transmissão e a decodificação de mensagens pelos computadores.

AULA EXPOSITIVA - A NOVA ORDEM MUNDIAL - MULTIPOLARIDADE

A NOVA ORDEM MUNDIAL - MULTIPOLARIDADE

Desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) até o final dos anos 80, prevalecia uma ordem mundial bipolar, centrada na oposição entre duas únicas grandes potências mundiais - os Estados Unidos e a União Soviética, cada uma delas liderando um de dois “mundos”: o capitalista e o socialista. Costuma-se dividir o espaço mundial em três principais grupos de nações: o Primeiro Mundo ou países capitalistas centrais (atual Norte), o Terceiro Mundo ou países capitalistas periféricos (atual Sul) e o Segundo Mundo ou países com economia planificada. O Segundo Mundo, ou do socialismo real, era constituído por vários países – União Soviética, China, Mongólia, Cuba, Polônia, antiga Alemanha Oriental, etc., abrangendo 33% da população mundial no início dos anos 80 –, que procuraram romper com o capitalismo e construir uma sociedade diferente, baseada na planificação centralizada, e não na economia de mercado. Havia uma tensão permanente entre o capitalismo, que tem por base as empresas privadas e a busca de lucros, e o socialismo real, que tinha por base as empresas estatais e afirmava dar prioridade aos “interesses coletivos”, ao invés dos lucros individuais. Essa experiência socialista surgiu no século XX (o primeiro país a adotá-la foi A Rússia, em 1917) como uma tentativa de abolir o capitalismo e a economia de mercado, construindo uma sociedade mais justa. Essa experiência socialista ou de economia planificada entrou em profunda crise. Houve uma verdadeira corrida de retorno ao capitalismo, mais rápido e profunda em alguns países (antiga Alemanha, Oriental, Hungria, República Tcheca, Croácia) e mais lenta e superficial em outros (Albânia, Cuba, Coréia do Norte) porém generalizada. Praticamente deixou de existir o Segundo Mundo ou “Mundo Socialista”, tal a natureza das mudanças que ocorreram nesses países. A constante tensão entre Estados Unidos, país líder do mundo capitalista, e A ex-União Soviética, líder do socialismo real, fazia com que os olhos do mundo todo estivessem voltados mais para a possibilidade de uma guerra entre as duas superpotências que para o problema da pobreza ou das disparidades internacionais. A atual globalização, que avançou muito com a crise do socialismo real, uma vez que o países socialistas retornaram ao mundo capitalista e abriram suas economias para o exterior, une cada vez mais todos os povos e nações, mas, ao mesmo tempo, deixa cada vez mais claras as profundas diferenças que existem no globo terrestre. A Nova Ordem Mundial – significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria. Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética, em 1991, o mundo se viu diante de uma nova configuração política. A soberania dos Estados Unidos e do capitalismo se estendeu por praticamente todo o mundo e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se consolidou como o maior e mais poderoso tratado militar internacional. O planeta, que antes se encontrava na denominada “Ordem Bipolar” da Guerra Fria, passou a buscar um novo termo para designar o novo cenário político. A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a unipolaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse quesito. A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o poderio militar não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a potencialidade global de um Estado Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas frentes emergiram para rivalizar com os EUA, a saber o Japão e a União Européia (Alemanha, Inglaterra, Itália, França, etc) em primeiro momento, e a China em segundo momento, sobretudo a partir do final da década de 2000. Isso significa que a hegemonia econômica mundial está distribuídas entre várias potencias, distribuídas em três blocos econômicos – o Bloco americano (EUA), o Bloco do Pacífico (Japão) e Bloco Europeu (União Européia). Por fim, temos uma terceira proposta, mais consensual: a unimultipolaridade. Tal expressão é utilizada para designar o duplo caráter da ordem de poder global: “uni” para designar a supremacia militar e política dos Estados Unidos e “multi” para designar os múltiplos centros de poder econômicos.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

ATIVIDADE - UMA IDENTIDADE


A Atividade UMA IDENTIDADE - foi ministrada nos alunos do 4º ao 6º ano. A Identidade de um indivíduo é formada pelo conjunto de características próprias e com as quais se pode diferenciar as pessoas (individual) e os povos (coletivo). A atividade consistia em possibilitar aos alunos a identificação com algum dos avatares (representando várias características) e reconhecendo-se de acordo com sua cor e origem. Para isso, além dos avatares, a atividade era constituída por um questionário.
Antes disso foi explicado aos alunos que a formação do povo brasileiro se deu por meio de uma miscigenação (o cruzamento entre vários povos), portanto, somos únicos, a mistura de todos os povos. Com a atividade percebi que muitas crianças têm dificuldade de se reconhecerem como sendo da cor preta, há um certo constrangimento, preferem se identificar como pardos ou explicitamente branca. Verifiquei que muitos alunos da cor preta, escolheu avatares brancos de cabelos loiros. Expliquei que somos essa sociedade bonita e única, exatamente por isso, pela mistura da formação do povo brasileiro e que temos que nos reconhecer como um povo de características multi-étnica.
O amor não escolhe raças, nem cores - sou preto, sou branco, amarelo ou vermelho! Não importa. Sou povo, sou gente, sou BRASILEIRO.


Prof. Walter Zenio

A ORDEM MUNDIAL

O conceito de ordem mundial refere-se ao padrão dominante das relações internacionais num determinado período, que pode durar algumas décadas ou até séculos. Os principais sujeitos ao atores das relações internacionais – políticas, militares, econômicas ou de outro tipo), como o próprio nome diz, são os Estados Nações – ou melhor, a sua cúpula ou parte dirigente, o governo – que faz a guerra e a diplomacia, além de controlar ( por meio de regras, taxas ou impostos, restrições, etc.) a entrada ou saída de pessoas do território nacional e, principalmente, as relações comerciais com o exterior, as exportações e as importações. Ocorre que, na prática, os Estados Nacionais são extremamente desiguais: alguns, como a China e a Índia, representam mais de 1 bilhão de pessoas; outros, como o Brunei e Samoa Ocidental, menos de 1 milhão. Alguns, como os Estados Unidos e o Japão, possuem um PIB (Produto Interno Bruto de vários trilhões de dólares, enquanto outros, como Guiné-Bissau ou Granada, possuem PIBs com menos de 1 bilhão de dólares. Alguns, como Rússia ou Canadá, possuem um imenso território, do tamanho de um continente, enquanto inúmeros outros têm território extremamente pequenos, às vezes até menores que um único município daqueles “países continentais”. Alguns, como os Estados Unidos em particular, tem uma máquina de guerra que poderia exterminar toda a humanidade, enquanto dezenas de outros possuem uma capacidade militar quase insignificante. Isso quer dizer que existe uma hierarquia de países em relação ao seu poderio militar, econômico, territorial e demográfico, daí terem surgido os conceitos de grande potência mundial ( um Estado poderosíssimo, que exerce influência e tem interesses em praticamente todo o mundo). A existência de grandes potências fornece uma certa ordem ao sistema internacional, que, sem elas – ou seja, se todos os Estados fossem de fato iguais – , provavelmente funcionaria na base da lei da selva, exceto se houvesse algo que nunca existiu a não ser em sonhos: um acordo perfeito e respeitado por todos para a paz duradoura e para resolver pacificamente os conflitos que, por certo aparecem. Uma grande potência cria em torno de si um conjunto de países alinhados sob a sua liderança,, mesmo que, eventualmente, surjam conflitos de interesses; esses conflitos, no entanto, serão resolvidos com a intermediação do Estado Líder, isto é, da grande potência. É por esse motivo que, em geral, uma ordem internacional é definida pela presença das grandes potências: uma ordem monopolar é aquela na qual existe uma única grande potência mundial, um único pólo internacional de poder.

terça-feira, 15 de abril de 2014

A ORDEM MUNDIAL - BIPOLAR

Ao final da Segunda Guerra Mundial, os países europeus estavam arrasados. Os bombardeios aéreos tinham transformado a Europa num vasto campo de ruínas. A produção que esteve voltada para uma economia de guerra por quase seis anos, estava totalmente desorganizada e os países, endividados. A Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação. As zonas francesa, a britânica e a norte-americana transformaram-se, em maior de 1949, na República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a zona de ocupação soviética deu origem, um mês depois, à República Democrática Alemã (Alemanha Oriental). Os Estados Unidos forma os grandes beneficiados, pois durante a guerra e por um longo período após o término, constituíram-se no principal fornecedor de mercadorias e capital para os países envolvidos no conflito. A URSS foi a outra grande vencedora. Recuperou os territórios da Estônia, Letônia e Lituânia, parte do território da Polônia e da Romênia, etc e estendeu sua influência a todo o Leste Europeu e à parte oriental da Alemanha. Com o enfraquecimento das potências europeias (Grã-Bretanha, França e Alemanha) o mundo passou a se estruturar a partir de dois pólos opostos, EUA e URSS, que começaram a disputar a hegemonia mundial. A guerra delineou uma Ordem Mundial, conhecida como bipolar, onde os antagonismos entre o mundo capitalista e o socialista tornaram mais intensos, devido ao fortalecimento da URSS. A aliança entre os países capitalistas e a URSS, durante os anos de guerra, foi assegurada apenas pela necessidade da luta contra o inimigo comum, a Alemanha. O pós-guerra deixou claro que entre esses países existiam mais diferenças do que afinidades. Em 1947, os Estados Unidos adotaram uma política externa de contenção à expansão do socialismo, que ficou conhecido como Guerra Fria. A guerra Fria consistia na disputa entre as duas superpotências – EUA e URSS, que procuravam recrutar o maior número de aliados para conquistarem, assim, áreas de influência, ou seja, países onde pudessem fazer prevalecer seus interesses militares, políticos e econômicos. Embora nunca tenham se enfrentado diretamente, os mais importantes conflitos regionais ocorridos entre o fim da Segunda Guerra Mundial e o ano de 1989 foram apoiados por essas suas superpotências. Cada uma apoiava um dos lados do conflito. Durante o século XX, vários países se tornaram socialistas. O primeiro deles, a Rússia, em 1917, fez a sua Revolução Socialista e, posteriormente em 1922, agregou-se a vários países vizinhos, criando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), com uma área bastante extensa e grandes riquezas naturais, além de uma indústria de base de certo porte. Por outro lado, os países capitalistas continuaram sua marcha para a expansão cada vez maior do capitalismo. Até a 2ª Guerra Mundial, dos países capitalistas ricos, aquele que menos sofreu os impactos da guerra foi os Estados Unidos – ao contrário, eles fortaleceram sua posição, criando linhas de crédito tanto para a Europa quanto para o Japão. Ao final da guerra, dois países tinham enorme poder econômico: Estados Unidos e União Soviética. Mais ainda: cada um deles representava uma ideologia e eram antagônicos entre si e, ambos lutavam pela mundialização de seu modo de produção. Esse é o contexto conhecido como Guerra Fria – a luta político-ideológica-econômica entre capitalistas, liderados pelos Estados Unidos e socialistas, liderados pela União Soviética. Essa bipolaridade, que durou até o final da década de 80, significou que as relações econômicas entre os países do mundo estavam vinculadas a dois pólos: o capitalismo e o socialismo. Durante esse período ocorreu a divisão entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental, a corrida armamentista nuclear, a corrida espacial, a formação da aliança militar do Ocidente (OTAN), a formação da aliança militar do Leste (Pacto de Varsóvia). Etc. De certa forma, todos os países, durante esse período eram envolvidos na “onda” da Guerra Fria. Essa luta ideológica (capitalismo X socialismo) durou até início dos anos 90. Particularmente, desde 1986, na União Soviética, uma mudança na política econômica socialista (a Perestroika) passou a orientar e a sugestionar outros países para que mudassem. Prof. Walter Geografia